No mais recente estudo da Gallup em 2023, um dado preocupou os pesquisadores e empresários: segundo a pesquisa, 6 em cada 10 colaboradores estão em quiet quitting – em tradução livre, demissão silenciosa. O resultado alertou empresários sobre a necessidade de manter o engajamento das equipes, ou seja, a implementação do employee experience. 

Entretanto, a ideia de focar na experiência dos colaboradores não surgiu dessa pesquisa. A mesma empresa, a Gallup, nos anos 2000 publicou um estudo cujo resultado apontava que apenas 13% dos trabalhadores no mundo se consideravam engajados em seus empregos. Foi a partir disso que esse questionamento passou a ser considerado pelos empresários.

Nesse sentido, em 2013 e 2014, outras pesquisas passaram a destacar a necessidade de atenção ao engajamento dos colaboradores e o que faria com que este engajamento aumentasse. Diversos pontos foram levantados, desde qualidade de vida até clima organizacional. Assim, as primeiras menções a employee experience surgiram. Mas, você sabe do que se trata? Continue e leitura para saber mais! 

O que é employee experience?

Citando, Maylett e Wride, Vinícius Riqueto de Oliveira no artigo “Employee experience: a complexidade da experiência dos funcionários em ambientes organizacionais”, explica que o employee experience são as experiências e percepções que os funcionários possuem sobre a interação com a empresa na qual trabalham. 

No mesmo artigo, Vinicius ainda traz a visão da PwC, a multinacional de contabilidade que define o employee experience como “as ações, percepções e emoções proporcionadas pela infraestrutura tecnológica e mentalidade cultural das organizações”. 

Assim, podemos dizer que, employee experience é uma estratégia de gestão de pessoas cujo objetivo é aumentar o engajamento dos colaboradores. Mas por que ela é tão importante? Bem, as empresas costumam defini-la pela equação:

EX=CX

Que significa que EX = Employee experience (experiência do empregado) é igual a CX = Customer Experience (experiência do cliente). O que é, de certa forma, também, causa e consequência. Isto é, empresas que atuam com funcionários engajados entregam resultados melhores aos clientes. 

Tudo isso resulta, por óbvio, em uma melhora na imagem da empresa no mercado, isto é, no employer branding. E por consequência, no aumento da lucratividade. 

Qual a diferença entre employee experience e employer branding?

Como vimos, então, o employer branding pode ser considerado uma consequência do employee experience. Fato é que, estes dois conceitos muito se confundem. Por essa razão, é imprescindível diferenciá-los.

Enquanto o employee experience se trata de ações para melhorar o engajamento e a percepção dos colaboradores sobre a empresa, o employer branding trata, tanto do longo prazo dessas estratégias, quanto da divulgação delas. 

O employer branding é, portanto, o que dita se uma empresa leva o título de marca empregadora ou não. Já o employee experience é a vivência do funcionário que consolida sua satisfação na empresa. 

 Estágios do employee experience

A vivência de um colaborador em uma empresa passa por 3 estágios: 

• Atração e recrutamento 
• Integração e dia a dia 
• Saída 

Atração e recrutamento 

Na atração e recrutamento, uma empresa que possui – ou deseja possuir – uma área ou estratégia focada em employee experience, deve observar alguns pontos. O primeiro deles é a divulgação de vagas, afinal, é por ali que começa a retenção. 

Isso porque, é nesta fase que o futuro colaborador consegue entender um pouco de como será a vida dele durante o período que for funcionário da empresa. Isto é, caso ele seja desrespeitado em uma entrevista, por exemplo, ele poderá identificar que assim será se ele aceitar o emprego. 

Logo, uma empresa que deseja obter melhores recomendações, maior satisfação dos colaboradores e ser considerada uma marca empregadora deve dar uma boa primeira impressão. 

Integração e dia a dia 

Por mais que a empresa ofereça a melhor semana de integração possível, a verdadeira integração do colaborador não termina aí. Em muitos casos, ela dura até o primeiro ano de contrato do funcionário. Logo, buscar entender esse funcionário e o integrar à equipe e às demandas são indispensáveis para a jornada dele com a empresa. 

Além disso, os benefícios corporativos ofertados, a flexibilidade, a possibilidade de desenvolvimento de carreira e a preocupação com diversidade, inclusão e sustentabilidade são, com certeza, tópicos que fazem com que um colaborador esteja satisfeito ou não no ambiente de trabalho. 

Saída 

Independente do motivo da saída de um colaborador, a empresa deve buscar oferecer todo o suporte necessário para este que deixa a empresa. Muitos são os motivos para a saída e entendê-los também tornará a empresa cada dia melhor. 

Veja, quando a escolha é do profissional, muitos podem ser os motivos e é importante entender se a saída se deu por falta de algum benefício, por exemplo, ou por falta de reconhecimento, salário baixo, clima organizacional, etc. Entendendo isso, a empresa pode iniciar ações para melhorar a situação para quem permanece.

Já se a escolha foi da empresa, caso o motivo seja a produtividade do colaborador, o ideal é dar um feedback justo e demonstrar caminhos para que este corrija o erro em um próximo emprego. Ou então, se a demissão se deu em razão de corte de custos da empresa, auxiliar na recolocação dos trabalhadores é uma maneira interessante de manter uma boa experiência para a equipe que está deixando a companhia. 

Enfim, entender os motivos e aplicar ações de employee experience pode deixar a saída do emprego menos traumática para ambos os lados – empregador e empregado. 

Por que se preocupar com employee experience?

Como as pesquisas acima citadas apontam, muitos profissionais se dizem cansados, desengajados e insatisfeitos com seus empregos. Logo, ações que revertam essa situação em uma empresa são essenciais. 

Na pesquisa Global Human Capital Trends, realizada pela Delloite em 2017 com 10 mil executivos de vários países, 79% dos empresários consideram que a Employee Experience é importante para as estratégias das organizações. 

Isso porque, a employee experience melhora a retenção de colaboradores, facilita os processos de recrutamento e seleção, acelera os resultados de contratações e ainda, melhora os resultados da empresa na totalidade. 

Também pode te interessar: 

• Liderança humanizada: você está aplicando no seu negócio?
• Hub de benefícios corporativos: o que é e quais as vantagens de contratar benefícios por meio dele?
• People analytics: o impacto da análise de dados de colaboradores nas empresas

Benefícios das ações de experiência do empregado

Dentre os benefícios do employee experience podemos citar: 

• Melhorias no clima organizacional;
• Fortificação da cultura da organização;
• Aumenta a acessibilidade;
• Reduz a rotatividade (turnover)
• Aumenta o engajamento da equipe;
• Reduz erros;
• Melhora a comunicação interna;

Como implementar employee experience?

Apesar de os empresários terem consciência da importância do employee experience, o estudo citado da Deloitte aponta que 59% deles se sentem despreparados ou pouco preparados para promover ações de employee experience nos negócios. 

Se você é um deles, fique atento a seguir que vamos te ajudar! 

Antes de mais nada, é preciso entender que a experiência do colaborador em uma empresa se divide em três ambientes: 

• Tecnológico: segundo Jacob Morgan, o ambiente representa 30% da experiência dos funcionários e se relaciona com as ferramentas disponibilizadas para o trabalho.
• Físico: Para Morgan, o ambiente físico também representa 30% da experiência e se relaciona com o conforto e a vontade de estar no ambiente. 
• Cultural: E por fim, o ambiente cultural que representa 40% da experiência e diz respeito à imagem da empresa interna e externamente, senso de time, diversidade e inclusão, entre outros. 

Entendido isso, vamos ao passo a passo para implementar o employee experience:

1 – Conheça a jornada do colaborador 

O primeiro passo para uma boa estratégia de employee experience é entender como funcionam as etapas de recrutamento e seleção, integração e saída do colaborador. Além disso, entender em quanto tempo e os motivos para as saídas também é essencial para implementar ações que aumentem a retenção de colaboradores. 

2 – Invista em People Analytics 

Tenha dados para identificar as atividades, o engajamento e a felicidade dos colaboradores na empresa. Com o acompanhamento de dados é mais fácil fazer as intervenções e buscar soluções para reverter a situação dos colaboradores capacitados, mas que estejam, por exemplo, prestes a pedir demissão. 

3 – Faça treinamentos e integrações 

Invista em treinamentos e integrações quando um colaborador entra na empresa, quanto   mais insumos para a adaptação ao novo trabalho você der, mais motivado ele ficará. Mas lembre-se de fazer esses treinamentos e integrações também com maior periodicidade – e para todo o time. Assim, você mantém o engajamento e melhora a qualidade das entregas da equipe. 

4 – Faça melhorias no ambiente físico 

Como vimos, o ambiente físico também é parte da experiência, assim estar em um local confortável, mas propício para melhoria da produtividade é essencial. 

5 – Invista em boas ferramentas de trabalho 

Trabalhar em máquinas rápidas, que não travam, computadores sem vírus, com mais de uma tela é o sonho de qualquer profissional. Além disso, boas máquinas aceleram a produção, permitindo entregas melhores e em menor tempo. 

6 – Tenha planos de carreira 

Profissionais qualificados não desejam ficar parados em um mesmo cargo, mas sim, desejam ter maior desenvolvimento de carreira, ou seja, sucesso profissional. Ofertar essa possibilidade também aumenta o engajamento do colaborador, que buscará crescer na empresa, e além de entregar resultados mais expressivos, acaba sendo exemplo para o time (e às vezes até os motivando)

7 – Invista em bons benefícios corporativos 

Benefícios corporativos são tão importantes quanto boas remunerações. Notícias recentes apontam que os profissionais que estão em processos seletivos ou passaram por processos seletivos recentemente optaram por empresas que ofereciam melhores benefícios. 

Alguns afirmam optar por elas, inclusive quando o salário oferecido é menor que de outra empresa, porque, na soma de salário + benefícios, a vantagem é maior. 

Assim, contar com benefícios de qualidade que atendam as necessidades e melhorem a qualidade de vida do seu time é indispensável em uma estratégia de employee experience.

Conclusão 

Como foi possível observar, então, o employee experience é um conjunto de ações que facilitam e melhoram a vida de um colaborador, dentro e fora da empresa. Ele é essencial para manter o engajamento e produtividade da equipe, bem como, os resultados e lucratividade para a empresa. 

É interessante perceber, portanto, que se trata de uma relação ganha-ganha, é positivo para o colaborador e também para a empresa. 

E para facilitar ainda mais a implementação do employee experience no seu negócio, a Vallora benefícios pode te ajudar! Conheça nossas soluções e comece já a oferecer maior qualidade de vida para o seu funcionário e levar o título de marca empregadora. 

Clique aqui para conhecer as soluções da Vallora Benefícios. 

 

Perguntas frequentes 

• O que significa employee experience?

Employee experience se refere às percepções e emoções dos funcionários sobre a empresa. Dentre essas percepções, três frentes principais têm relação com o employee experience: tecnologia, cultura e ambiente físico.

• Quais são os componentes-chave do employee experience?

Os componentes-chave do employee experience são os ambientes tecnológico, físico e cultural. O ambiente tecnológico abrange as ferramentas de trabalho, o físico envolve o espaço e a disposição do local de trabalho, e o cultural diz respeito à imagem da empresa, senso de equipe, diversidade e inclusão.